domingo, 3 de junho de 2012

Os Dez Mandamentos do Casal II



1. Amai a Deus sobre todas as coisas. E em segundo lugar, amai o seu cônjuge. Amai-o mais que a vossos filhos. Amai-o até o ponto de dar sua própria vida por ele.
2. Rezem juntos. A prece individual é excelente e imprescindível pra todo cristão. Mas a prece conjunta, com o cônjuge, é excelente e imprescindível pra todo casal. É ótimo quando um ouve o que o outro está pedindo e agradecendo a Deus. Assim um conhece os anseios e aspirações do outro no sublime momento da oração, e isso facilita muito a comunhão. Sempre que possível, rezar juntos o Santo Rosário, ou o Terço.
3. Seja a Santa Missa a vossa prioridade no Domingo, dia do Senhor. Ide primeiro à Santa Missa, depois às outras atividades. Ide à Santa Missa sempre juntos, como convém ao casal católico, e se tiverem filhos, que eles os acompanhem desde tenra idade, e cresçam em um lar onde se aprende desde cedo a importância da Santa Missa e do dia do Senhor.
4. Não hesitem em exercer a vossa autoridade dentro do vosso lar. Não deixem que entre em vosso lar qualquer coisa que possa comprometer a busca da santidade na vossa família. Assim, vocês serão pais e mães dignos de serem honrados.
5. Não desautorize, nem agrida, nem ofenda o seu cônjuge. Nunca. Muito menos na frente dos filhos.
6. Vivam castamente o vosso casamento. O matrimônio não é, e nem nunca foi, uma “licença para a luxúria”. Não aceitem rebaixar a vossa união (que é um Sacramento) ao patamar das uniões ilícitas. Respeitem o vosso leito como se fosse um altar.
7. Jamais durmam brigados. Se houver algum desentendimento, fiquem acordados até fazerem as pazes, mas jamais durmam brigados, como se isso fosse normal. Dormir separados então, nem pensar. Nada de um dos dois ir dormir na sala.
8. Não minta nem esconda nada de seu cônjuge. Conquiste a sua confiança, e confie também nele. Vocês devem ser sempre um pelo outro acima de tudo. Esteja sempre pronto a se sacrificar pelo teu cônjuge. E aqui, com sacrifício, não falo exatamente de morrer literalmente, mas de morrer simbolicamente, abrindo mão de toda paixão ou vício que possa atrapalhar a vossa união.
9. Estudem juntos a Fé Católica. É impossível amar aquilo que não se conhece. Por isso, estudem juntos a Fé Católica, o catecismo, os 10 mandamentos, as virtudes cardeais e teologais. E façam juntos obras de caridade e de misericórdia. Aprendam juntos para ensinarem bem a vossos filhos.
10. Tenha em vossa casa um crucifixo em lugar bem exposto, a fim de que Cristo, modelo de noivo, esteja a todo momento a vos lembrar até que ponto vocês devem se amar. E também para que todos os que entrarem em vossa casa saibam de que tipo de seres humanos é composta a família que estais a construir.

Os 10 mandamentos do matrimônio



1. Amarás nas suas quatro dimensões




- Dimensão afectiva






- Dimensão espiritual






- Dimensão da amizade






- Dimensão sexual








2. Respeitarás o teu conjugue






O respeito perde-se:






- Pela palavra






- Pelo silêncio (silêncios que matam)






- Pelos gestos: (quando se chega a gestos violentos, acaba-se o matrimónio)






3. Conversarás com o teu conjugue






Saber escutar e falar






Não é mera tagarelice, mas partilha de tudo o que há no interior






4. Gastar-te-ás em detalhes para com o teu conjugue (essa flor, esse gesto, essa palavra que sabes que lhe agrada)






5. Cultivarás o sentido do humor. A vida não é uma comédia, mas também não uma tragédia. É um drama, com coisas boas e más.






6. Oferecerás ao teu conjugue um dia de passeio por mês, a sós, sem os filhos.






7. Viverás o matrimónio não como uma meta, mas como um caminho. Se o consideras uma meta, é como dizer “já cheguei”, então já tudo terminou, canso-me, aborreço-me, apoltrono-me e termino com outra.






8. Não falarás das ofensas, defeitos e falhas a cada momento. O que passou, passou.






9. Saberás perdoar, inclusivé a infidelidade.






10. Confiarás no teu conjugue. Os ciúmes matam o matrimónio.






Estes Dez Mandamentos devem sustentar-se em Deus, caso contrário são muito difíceis de cumprir.






Decálogo para ser fiel:






1) Reflectir sobre o sagrado do matrimónio aos olhos de Deus. É um caminho de realização pessoal e é sagrado porque vem de Deus, e o que Deus quer é sempre bom. É sagrado porque Cristo o elevou à dignidade de sacramento. É o símbolo do amor de Deus à humanidade. É muito proveitoso ler a carta dos Efésios.






2) Estar disposto a dar e a receber. Cada um tem um tesouro que deve estar disposto a compartilhar com o outro, cada um tem características próprias que deve por ao serviço do outro. A mulher é mais intuitiva, generosa, delicada, terna, com mais tacto. O homem é mais pragmático, racional, firme. Mutuamente devem compenetrar-se e complementar-se nas carências de cada um. Há que dar e receber. Se só damos, esvaziamo-nos, se só recebemos, somos egoístas. O amor é dar e receber.






3) Gastar-te-ás nos detalhes para com o outro. O detalhe é a essência, o extracto do amor. “Diz-me que detalhes tens com o teu esposo/a e dir-te-ei como é o teu amor”.






Detalhes que uma mulher pediria ao seu esposo:






· Não te queixes por estares esgotado pelo trabalho






· Não me interrompas quando estou a falar






· Depois de uma discussão, não passes três dias sem me falar, zangado






· Não me lembres continuamente as minhas faltas passadas






· De vez em quando diz-me que estou bonita e atraente






· Durante as refeições, presta-me atenção porque não sou uma parede






· Fala-me um pouco do que vais fazer, ainda que seja trivial






· Preocupa-te com os teus filhos quando chegas a casa






· Colabora nas tarefas domésticas






· Nalgum dia especial, leva-me a jantar fora






· Dá-me um beijo ao despedir-te.






Detalhes que um esposo pediria à sua mulher:






· Enche os meus tempos de descanso com paz e sossego e fala-me dos gastos no momento oportuno






· Gasta menos, sê mais económica






· De vez em quando elogia-me, elogia a minha carreira pois “o meu triunfo é também teu”






· Nunca compares o nosso matrimónio com outros






· Sê oportuna quando tiveres de me corrigir e nunca diante dos nossos filhos e amigos






· Não te queixes por tudo nem discutas por insignificâncias






· Não rejeites sistematicamente os meus programas de televisão, os meus gostos






4) Respeitar as características do outro. Não podemos mudar as características do outro, pelo contrário, devemos enriquecermo-nos com elas. O outro é diferente de ti, por isso respeita-o. O respeito significa capacidade de perdoar, abertura, não reparar nos defeitos do outro, compreensão. O respeito pode quebrar-se de três maneiras: com a palavra (dura, grosseira, ordinária), por actos (agressão física) ou com gestos (caras largas, desprezos, silêncios eloquentes). Há que saber ver as virtudes do outro e lisonjeá-las.




5) Evitar discussões desnecessárias. As discussões desnecessárias desunem e destroem a harmonia familiar. Não se deve discutir, deve-se analisar. Com as discussões ganham-se aborrecimentos, nervos, maus exemplos para os filhos, idas ao psicólogo ou ao psiquiatra.






6) Superar o passado para não voltar a antigos episódios de ofensas. ”Fugiste, disseste-me, deixaste de fazer, dizia-te”, são frases de censura. O passado há que perdoá-lo com magnanimidade. Sobre o passado deve-se construir um futuro de amor e perdão. Se se fala continuamente das ofensas, a ferida não cura, não cicatriza, continua a supurar e termina com lesões.






7) Dominar a tendência para controlar, vigiar o conjugue. “Que fizeste, com quem estiveste?”. O matrimónio tem de ter como base a confiança no outro. Se continuamente se desconfia do conjugue, se se tem medo da infidelidade, se se vive com zelos, esse matrimónio é um tormento. O conjugue não deve ser nunca polícia do outro conjugue, mas companheiro e amigo.






8) Cultivar o sentido do humor O bom humor oxigena o matrimónio. A vida não é uma tragédia nem uma comédia, é um drama com coisas boas e más. O humor alcança um bom nível de higiene mental. A pessoa sem humor torna-se desconfiada, mal-humorada, susceptível. O bom humor faz crescer o matrimónio em harmonia e paz.






9) Gratifica o teu esposo/a com um dia azul e cada ano com um bom presente. Há que romper com a monotonia, a rotina. Há que sair para passear com a esposa e filhos, levá-los a almoçar fora, oferecer-lhes algo de surpresa, sem ter de esperar por comemorações, aniversários, etc.






10) Integrar todos os aspectos do amor (afectivo, amistoso, sexual, espiritual). Afectivo: o amor afectivo comunica ternura. O que é a ternura? É esse meter-se no estado de ânimo do outro, partilhar esse ânimo. Como é possível que o esposo/a não se dê conta que o outro conjugue está doente, triste? Porquê? A ternura acerca-se da alma para dar compreensão ao outro, é altruísta, é desejo de compreensão, de aceitação do outro. Pelo contrário a sensualidade é egoísta, busca o seu próprio prazer, o seu próprio interesse de gozo. O amor efectivo no matrimónio manifesta-se através de uma carícia nobre, um sorriso. É desinteressado.






Sexual: O sexo é um instrumento que Deus criou com duas finalidades: procriar (comunicar a vida) e para crescer no amor, na entrega dentro do matrimónio. Deste modo o sexo converte-se numa linguagem interior profunda com a ânsia de transmitir ao outro o que somos. É a entrega de toda a pessoa, se não se dá isto, é pura satisfação. A pornografia distorce o sentido do sexo.






O corpo não é um bem de consumo, é instrumento de diálogo profundo de duas pessoas. Freud disse: “todos os males que nos acontecem, vêm-nos por reprimir o sexo” e aconselha dar-se o prazer. É evidente que esta afirmação é errada.






Mas por sua vez a Igreja tem a sua regra sobre a vida sexual a qual deve ser: serena, equilibrada, sã e dentro dos limites da dignidade humana. O sexo dentro do casal, não deve ser o mais importante, o único. Se estas relações começam assim vão por mal caminho já que divinizam, entronizam o sexo. O sexo é um meio para o fim que já explicámos antes. Converter o sexo num fim em si mesmo é um erro.






Amistoso: amar o outro como pessoa, respeitá-lo como tal. Encontrar no outro um outro eu com o qual partilhar alegrias, tristezas, consolos, dúvidas. É o amor que se dá ao outro na intimidade da pessoa. Revelamo-nos à pessoa a quem nos damos. Amar o outro buscando, querendo, protegendo, defendendo o bem do outro. O amor de amizade diz: eu quero-te porque és tu, faço-te feliz porque te quero, enquanto que o egoísta diz: fazes-me feliz porque me satisfazes. O egoísmo é o verme do amor. Ter um amigo é ter um tesouro, quem o encontre que não o perca. É um amor firme quando estamos débeis, alegre quando estamos tristes. Cristo é o nosso melhor amigo, logo deve seguir o conjugue com o qual vamos partilhar a nossa existência.






Espiritual: Amar o outro porque é filho de Deus, é irmão em Cristo e temos que o amar com as mesmas características do amor divino: com amor de perdão, aberto, que anima, que reparte tudo o que tem, que sabe ver detrás não só o esposo/a mas um filho de Deus. Deus ama a todos com amor espiritual e transmitiu-o à humanidade através de Cristo para que assim possamos amá-lo melhor e amar os Homens por amor a Deus. Este amor aumenta-se com oração e sacramentos. Quem mais ora, mais amor espiritual terá. Se não se dá esta dimensão espiritual, as outras dimensões caem.




P. Antonio Rivero






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OS 10 MANDAMENTOS DO MATRIMÓNIO




FONTE:http://blogscatolicos.blogspot.com/2012/02/os-10-mandamentos-do-matrimonio.html?utm_source=feedburner&utm_medium=email&utm_campaign=Feed%3A+GuiaDeBlogsCatlicos+%28Guia+de+Blogs+Cat%C3%B3licos%29